Com esse clima, resolvi começar a ler algum livro (sempre estou lendo algum, mas como o que estava lendo não é de literatura achei que hoje era ideal começar um legal e que dava para seguir lendo os dois). Iniciei a leitura do “As memórias do Livro – Romance sobre o manuscrito de Sarajevo” de Geraldine Brooks, e o primeiro capítulo já achei bem interessante, quando terminá-lo conto qual a minha impressão sobre ele.
Recebi por email uma surpresa no dia de hoje. Já tinha recebido um comentário por aqui pedindo autorização para utilização do meu post sobre o show da Rita Lee e já tinha a concedido. No email me informavam que meu post foi utilizado e que era para mim conferir no http://ritalee.blog.terra.com.br/. Achei muito legal.
Cada um tem seu parâmetro do que é ser chique ou importante. Alguns acham o máximo usar roupas caras, estar sempre impecavelmente vestido; outros acham que precisam ter “status”, outros bons empregos, ou amigos famosos; como cada pessoa é única, normal que os parâmetros sejam diferentes. Mas eu, particularmente, sempre achei importante as pessoas citadas por outras, pois isso quer dizer que de alguma forma o que a pessoa falou fez diferença, tem sentido ou causou algum impacto. Autores sendo citados por outros, pessoas que tem suas frases espalhadas por todo o mundo, pensamentos que vão passando por inúmeras gerações, esse tipo de coisa.
Num dia desses, atendendo o pessoal que trabalha no Capão do Leão com Infância e Juventude, escutei um: “segundo o que tu afirmas no teu artigo do livro” (tu é a Clarissa do artigo sobre abrigo, não és?) e outro “teu artigo está servindo como base para nosso trabalho e é no que estamos nos baseando para desenvolvermos nosso trabalho e fazermos mais cobranças” (as palavras não eram bem essas, mas eram parecidas), fiquei espantada, eu estava sendo referida e na minha frente. Não pude deixar de achar legal e ter mais vontade de escrever. Também hoje a função do blog da Rita Lee foi legal, além de ter me deixado pensando em como a comunicação atualmente está diferente, sendo mais acessível a muitos. Minha mãe ria na frente do computador, pois agora muitos sabiam que ela tinha quase caído da cadeira em pleno teatro Guarany.
E por essas e por outras (e por muitos amigos queridos que lêem regularmente o blog e fazem comentários ou me falam pessoalmente) é que sem me dar muita conta, vou achando inúmeras situações propicias para escrever, como esse dia de chuva, uma viagem, fatos simples do cotidiano, a empolgação depois de algum acontecimento legal, assim como ocasiões de indignação, de felicidade, de ansiedade. A “timidez” e a insegurança para escrever foram passando e estou ficando viciada nesse hábito, tanto que essa já é a centésima postagem, a qual eu achei que iria demorar muito para chegar, mas que, ao contrário, quando eu me dei conta já estava nela.