Na reta final

Hoje chegamos na última cidade do nosso roteiro, Palermo, a capital da Sicília. Depois ainda dormiremos uma noite em Lisboa, em razão do vôo Lisboa-Porto Alegre ser pela manhã.

Estivemos em Agrigento, nos últimos dias. Uma pequena cidade, mas muito agradável. Chegamos e era feriado, então a cidade estava bem calma, mas no outro dia nos surpreendemos ao ir caminhar pelo centro durante a tarde, pois todas as lojas fecham ao meio dia reabrindo algumas às 16 e outras às 17 horas. Para nós pareceu estranho, pois a cidade chegava a ficar silenciosa nesse período. Não andavam muitas pessoas pela rua, porém a tardinha tudo voltava ao normal e muitas pessoas falavam, as buzinas voltavam (como buzinam por lá) e o movimento na rua era grande, impressionante tanta diferença. 

Segunda a Wikipédia, as origens de Agrigento "são muito antigas, na época em que os gregos colonizavam o sul da Itália e a Sicília, formando a Magna Grécia. As ruínas das construções gregas do Vale dos Templos ainda podem ser encontradas, principalmente do Templo da Concórdia(Valle dei Templi), um dos melhores exemplos da Grécia antiga".

Adorei o tom amarelo da cidade, que é construída com uma rocha encontrada na região que tem uma cor muito bonita. 

Quanto às primeiras impressões de Palermo, onde chegamos hoje, eu já percebi que cidades maiores me chamam mais atenção, gosto de ver o movimento todo, da diversidade de lugares, mas tive uma surpresa, que mesmo aqui, numa capital, muitas lojas fecharam ao meio dia reabrindo só no final da tarde (não foram todas aqui). O que por enquanto achei diferente em Palermo e que nela os lugares e prédios bonitos, ficam muito próximos, ou até em lugares descuidados, feios ou estranhos. 

Na verdade, nem sei porque estranhei, pois no sul temos visto muito descuido, lugares tão bonitos e tão descuidados, o norte da Itália "dá um banho" nesse quesito. A "sorte" do sul são as belezas naturais, mas as cidades precisam de melhorias na conservação e limpeza dos pontos turísticos e das cidades, num geral (claro que não são todas, Taormina, por exemplo, é arrumadíssima e limpíssima, mas não é o que encontramos na maioria dos lugares aqui no sul). 

Amanhã conhecerei melhor a cidade e mandarei notícias. 

Até breve! 

Para Lucy!

A viagem está chegando ao final, já faz quase um mês que saímos de Pelotas. 

Nessa fase a saudade fica grande e é uma boa oportunidade para vermos o que é realmente importante na nossa vida, pois das coisas importantes começamos a sentir muita falta, mesmo com tantas distrações por aqui.

Hoje é o aniversário da minha irmã, sim, lá em casa, em fevereiro, muitos aniversários se concentram, tem o do meu pai, o do meu irmão e o da minha irmã. Muitas festas num mês só. 

A Luciana á minha parceirona, acabamos tendo os meus círculos de amizades, gostamos de coisas similares, o que faz com que passemos muito tempo juntas, o que acabou por fortaceler nossa amizade agora na fase adulta. 

Estou louca de saudades dela! 

Hoje ela completa 27 anos e vocês acreditam que eu me lembro direitinho do dia que ela chegou em casa? É uma das primeiras lembranças que tenho da minha vida. 

Lucy, parabéns pelo aniversário, pena que não estou ai para curtir junto, mas aproveita muito o teu dia e sigas sempre sendo a pessoa que és!  

Logo, logo estamos chegando. 

Fotos, relembrando nossa última viagem juntas, Berlim, em julho de 2011. 

Chegamos à Sicília

A viagem está começando a se aproximar do final, já chegamos na ilha que fica ao sul da Itália, a Sicília. Alugamos um carro em Nápoles e fizemos uma parte do trajeto até aqui pela Costa Amalfitana, que circunda o Mar Tirreno. 

Essa estrada é considerada uma das mais belas do mundo e por isso foi classificada pela Unesco , em 1997, como Patrimônio Mundial da Humanidade e não tem como não concordar, é belíssima. 

O percurso é muito sinuoso, o motorista coitado não pode ficar observando a paisagem, pois o caminho é de penhascos,  curvas sinuosos, tem partes muito estreitas, no final eu até fiquei um pouco enjoada, de tantas e tantas curvas, mesmo assim vale a pena. Para que o pai pudesse curtir um pouco parávamos algumas vezes, e então ele conseguia curtir a paisagem e tomar um mate, nosso companheiro por toda a parte. 

Para chegar à ilha, atravessamos o mar em um ferry boat, no qual os carros vão embaixo. 

Nos hospedamos em Catânia, com o objetivo de visitar Taormina. 

Taormina é uma cidade turística, pequena e muito bonita. Fica em cima de uma montanha, tendo vistas lindas, além de ser um lugar muito agradável. Estamos perto da Grécia, e já conseguimos perceber isso nos objetos típicos, na arquitetura, nas ruínas. Aqui encontramos os teatros grecos, as figuras folclóricas já são mais ligadas à mitologia. Essa região no passado ficou no domínio dos gregos. 

O mar Mediterrâneo é lindo!

Fotos de Taormina:

Hoje cedo partimos da Catânia, e passamos uma agradável manhã de sol em Siracusa, na verdade apenas no sítio arqueológico de Siracusa, já que não tínhamos muito tempo, pois tínhamos que prosseguir viagem até Agrigento.

Cliques de Siracusa:

Chegamos no fim da tarde em Agrigento, e estamos num simpático Bed and Breakfast numa das avenidas principais da cidade, que é pequena e muito simpática à primeira impressão. Amanhã realizaremos visitas por aqui! 

Ilha de Capri

Embora seja inverno, ontem mesmo eu comentei que o clima, embora um pouco frio, às vezes, e um pouco cinzento não tinha comprometido em nada a nossa viagem. Em Florença o frio era maior e tivemos que nós refugiar em cafés e lojas para dar uma aquecida de tempos em tempos, para prosseguir e caminhada, mas nos outros dias era um frio "normal", como o nosso. 

Em Roma chovia às vezes, mas nunca por muito tempo e geralmente pela manhã, quando estávamos na escola. Saímos de casa várias vezes abaixo de chuva, mas geralmente a tarde já parava e tínhamos como fazer os passeios normalmente. 

Ontem em Pompéia caia uma garoa fina e constante, fazendo necessário o uso de guarda-chuva, mas o que não atrapalhou o passeio em nada. O clima cinza até combinou com o clima de uma cidade que foi devastada por uma erupção vulcânica. Achei o lugar interessantíssimo. 

Mas hoje eu queria muito bom tempo, pois fomos à Ilha de Capri, um lugar que eu desejava muito conhecer e que combinava muito com um sol, já que calorzinho seria pedir demais nessa época do ano.  Amanheceu com tempo feio mas sendo esse o dia em que teríamos oportunidade de ir a Capri não desistimos e pegamos o barco. Em 25 minutos (estamos em Sorrento), chegamos na tão famosa ilha. 

Chegamos já com uma chuvinha e a primeira notícia que recebemos é que com chuva não é possível realizar o passeio a Gruta Azul (terei que voltar a Capri algum dia). 

A caminhada começou com chuva, mas o que não fez com que deixássemos de nos encantar com a cor da água, que ao mesmo tempo que é azul marinho é transparente. Algo que eu nunca vi igual, nas bordas em alguns lugar ficava verde, em outras bem transparente, muito lindo. A ilha é banhada pelo Mar Tirreno. 

Na foto a direita dá para ver a ponta do meu guarda-chuva 

Mesmo com o vento e o frio, passeamos bastante, pois as paisagens eram extremamente bonitas. A cidade é muito peculiar, charmosa. A ilha é dividida em duas comunas, Capri e Anacapri, fomos nas duas, a subida foi feita de ônibus, mas parte do percurso para ver as paisagens e os jardins é feita a pé. A chuva deu uma trégua, o que melhorou a situação para o resto do percurso.

Cada ângulo da ilha tem uma vista mais bonita do que a anterior, dão dá para saber qual é a mais bonita. E assim, o frio e o mau tempo não foi capaz de estragar o passeio, pois a água tão azul, compensa a falta de azul no céu!  

Mais uma etapa

Hoje iniciamos uma nova etapa da viagem. Pegamos um avião e retornamos a Itália. Chegamos em Nápoles no início da tarde e amanhã pegaremos um carro que alugamos e como eu explico, vamos "descer a bota" até chegar na Sicília, a "bola" que a Itália chuta. 

O vôo entre Barcelona e Nápoles foi calmo e rápido, menos de duas horas. Acontece que o tranfers que contratamos nos deixou numa esquina e disse que não poderia entrar na rua do hotel, mas que era só caminhar 50m, acontece que ele se enganou e tivemos nós que caminhar muitas quadras até achar o nosso hotel com todas as malas. 

Tivemos que conhecer Nápoles de forma rápida. Pegamos um lindo pôr-do-sol e fizemos um tour pelos pontos principais. A cidade é mais suja, diferente das outras, mas é interessante. É movimentada, muitas motos na rua e tem lugares peculiares. 

Nessa fase da viagem deixamos de lado as cidades grandes, sofisticadas e famosas e iremos a cidade menores, onde o que esperamos é beleza natural. O que eu acho que irei encontrar nos próximos lugares é mar, montanhas, vulções, penhascos, campos, animais.  

No passeio de hoje já avistamos o Vesúvio e a Ilha de Capri, que fazem com que a paisagem que se vê de Napóles seja muito linda. 

Amanhã partiremos e teremos como primeira parada Pompéia, a cidade pedrificada. 

Fotos de hoje: 

Mais Barcelona

Duas coisas me deixam "só na vontade"...

... mar sem poder entrar ...

... e quadra de pádel sem poder jogar,

ainda bem que aqui ainda há muitas outras coisas para distrair, que logo esqueci das vontades.

Andamos em um bondinho, caminhamos pela Barceloneta, e depois fomos a Sagrada Família outra obra fantástica de Gaudi.

"O Templo Expiatório da Sagrada Família, conhecido simplesmente como Sagrada Família, é uma monumental igreja situada no centro da cidade de Barcelona, na Espanha.

Foi iniciada, com a primeira pedra posta no lugar, em 19 de março de 1882 à partir do projeto do arquiteto Francisco de Paulo del Villar (1828 – 1901) e que no final de 1883, passou a ser um projeto de Antoni Gaudí (1852 – 1926), famoso arquiteto e importante figura da Catalunha e Espanha.

Com o tempo, esse monumento tornou-se símbolo da cidade e do país, sendo anualmente visitado por milhões de pessoas.

A Sagrada Família é a obra mais famosa de Gaudí, que por sua vez dedicou-se exclusivamente ao projeto nos seus últimos anos de vida".

Cada vez que conhecemos mais as obras de Gaudí ficamos mais encantados. Que criatividade, tudo foge do usual!

O Parque Güell

Quem viaja pela Europa vê muitos lugares lindos, deslumbrantes, diferentes, em pouquíssimos dias. Às vezes acho que até há uma overdose de beleza, o que faz com que não consigamos prestar atenção em tudo que deveríamos. É muita coisa chamando nossa atenção, para aprender, descobrir. O cérebro acaba sendo super estimulado. Antes de dormir, quando não estou morta de cansada e "apago" na hora, fico me lembrando de tudo que vi no dia.    

Dentre os inúmeros lugares, entre o belo, o diferente, o novo, sempre há os preferidos. Os que mais te chamam a atenção, os que mais te tocam, os que te emociona, os que te fazem sentir bem. Acho loucura as pessoas que ficam comparando e discutindo que lugar é melhor ou mais bonito, pois isso depende muito do ponto de vista de cada um é algo muito pessoal. 

Hoje conheci um lugar que ficará entre os meus preferidos, o Parque Güell.

O Parque Güell, em 1984 foi classificado pela Unesco como Patrimônio Humanidade e, segundo a Wikipédia:

"O parque foi concebido por Güell e Gaudí como um conjunto estruturado onde, dentro de um incomparável quadro de beleza natural, se situariam habitações de luxo, com todos os progressos tecnológicos da época e acabamentos de grande qualidade artística".

Pelo jeito não deu certo o empreendimento dos dois, para o bem da humanidade, que hoje pode desfrutar de um lindo parque. Nele estão inúmeras obras de Gaudí. Os mosaicos são lindos. O colorido chama muita atenção." 

Além da arquitetura e dos mosaicos, a natureza do local colabora...

...e não bastasse Gaudí, natureza, tem mais a vista de Barcelona, o mar ao longe...

Amanhã sigo o passeio por Barcelona e a procura e visita a outras obras de Gaudí. 

Aqui um foto minha com "ele".

Na ocasião da morte do fantástico arquiteto, como Gaudí na sua velhice (embora suas obras fossem muito famosas) não era uma pessoa reconhecida pelas pessoas, ocorreu um fato inusitado.  

"No dia do fatal incidente que ocasionou a sua morte, Gaudí estava pobremente vestido. Quando o trem o investiu ninguém reconheceu o arquiteto que foi confundido com um mendigo por causa de suas roupas humildes e porque não tinha em seu poder nenhum documento. Dois dias depois, em 9 de junho de 1926, Antoni Gaudí morreu num hospital da Cruz Vermelha depois de ter dedicado os últimos 12 anos da sua vida exclusivamente àquela que era conhecida como 'A Catedral dos Pobres'."

Barcelona

Boa noite!

Agora a diferença de fuso horário aumentou (com o fim do horário de verão) e aqui na Espanha são quatro horas mais tarde do que no Brasil.  

Estou adorando de Barcelona. Depois de duas semanas na charmosa Roma, com toda a história e pompa, estou gostando dos "ares" na nova cidade.

Barcelona é efervescente, colorida, movimentada, alegre, diferente.

É menos frio que Roma e tem um mais pouquinho de dia.

Muito turista, aqui não tem baixa temporada, o que víamos em Roma, restaurantes vazios, lojas fechando muito cedo e a noitinha as ruas ficando desertas, já que era baixa temporada, aqui em Barcelona não existe.

O movimento é constante de dia, de noite, tanto de turistas como de habitantes locais, as lojas, bares, supermercados, tudo fica aberto até bem tarde da noite. Aqui se vê muita criança e cachorro nas ruas.

As primeiras 48hs já fizeram com que eu me apaixonasse pela cidade, meu pai sempre disse que eu adoraria e ele teve razão.

Gosto de mar, de cidade, de cores e movimentos e encontrei tudo por aqui.

Nesse final de semana está ocorrendo a festa de Santa Eulália aqui em Barcelona, então os tradicionais bonecos gigantes desfilam muito pela cidade, assim como as escolas. Vimos tantos desfiles, algo muito diferente. Também assistimos a muitas apresentações folclóricas, manifestações culturais muito diferentes das do Brasil. Torres humanas, danças com lenços e muitos e muitos bonecos.

Minha mãe adorou as bonecos, então ficamos um tempão vendo os desfiles. Foi divertido e rimos muito quando vimos o boneco da foto abaixo, até ele achou que o boneco era parecido com ele.

Hoje depois dos desfiles e de uma caminhada na Rambla, pegamos o ônibus turístico (ainda não tínhamos usado eles, mas tendo quatro dias para conhecer toda Barcelona, foi necessário e bom fazer o uso dele) e fomos ao Parque Güell, lugar que gostei tanto que terá direito a uma postagem só para ele.

Também encontramos conhecidos pelotenses enquanto estávamos numa praça assistindo uma das apresentações, o que nos prova que apesar de enorme o mundo é pequeno. 

Barcelona realmente é fascinante!

Arrivederci Roma!

Hoje terminei o curso de Italiano em Roma. Não imaginava estudar italiano, mas oportunidades foram aparecendo e não podemos perdê-las. O curso foi muito bom, melhor do que eu esperava. Fiquei surpreendida porque a Torre di Babeli é bem melhor do que a escola de Londres. 

A escola italiana é muito bonita e organizada. Uma casa antiga com um jardim lindo, tudo muito bem cuidado. E o principal, a professora era maravilhosa. 

Quando estava aguardando a resposta do teste, para saber em que nível eu ficaria, tirei a foto de uma sala de aula que eu achei muito bonita e no fim foi a minha sala. Fiquei no nível três, o que já me impressionou, já que comecei a estudar italiano em setembro. Mas é uma língua fácil, parecido com o português. Mais fácil de se virar e em duas semanas deu para aprender bastante.  

Minha sala: 

Além das aulas boas, a experiência acaba sendo muito válida pelas trocas de experiências. É muito interessante ter colegas de todas as partes do mundo. Éramos dez alunos. Três brasileiras, duas alemãs, um francês, um casal de senhores ingleses, uma espanhola e um belga. aqui vai uma foto da turma (estamos com bolo na mão, porque era o aniversário da inglesa). 

O grupo de Pelotas foi composto por dez alunos, havia mais brasileiros na escola, os outros alunos até perguntaram porque havia tantos brasileiros estudando lá.

Grupo de Pelotas:

Agora há pouco terminei de arrumar minhas malas, logo irei para o aeroporto para dar início a segunda fase da viagem, agora só passeios, começando por Barcelona, lugar que eu não conheço e depois retorno a Itália, mas para outra região, o sul. 

Arrivederci Roma!  Foi uma estada muito agradavél. 

Extra, extra, notícias de famosos em Roma

Hoje saímos da escola e nem voltamos ao apartamento para almoçar, comemos rápido num Snack Bar e nos dirigimos para o Vaticano, estava um lindo dia. Eu estava desde segunda a tardinha dizendo que tínhamos que voltar ao Vaticano, para ver toda a "muvuca". 

Falei que eu precisava ir para fazer parte da história e ver como tudo estava ocorrendo, e também que iria encontrar a Ilze Scamparini e dar uma entrevista. E persisti com a história. 

Chegamos lá no início da tarde, uma fila enorme para entrar na Basílica que estava fechada. Nem parecia o mesmo lugar de sexta passada, pois na sexta embora com movimentação estava tranquilo e espaçoso e hoje estava muito agitado. Muitos repórteres e televisões de todo o mundo e como hoje  inicia a quaresma, muitos grupos religiosos. 

Logo, repórteres portugueses vieram falar conosco, estavam com dificuldades de encontrarem portugueses para darem entrevistas e perguntaram se a gente podia dar. Eu não quis, cantar Garota de Ipanema no Rio é uma coisa, já falar sobre a renúncia do Papa, achei demais para mim, mas a mãe e a Rosa deram a entrevista, é para um canal português. Olhem que chique elas falando:

E adivinhem o que acontece passos depois da entrevista. Pois é, minha mãe grita:

- IlzeScamparini! 

E ela olhou para nós e disse que já falava conosco, que só ia terminar de gravar. 

Ela conversou conosco, bem simpática, nos contou que estava de férias no Brasil e que teve que voltar, perguntou o que estávamos fazendo em Roma e nos apresentou a equipe de filmagem dela que não é composta por brasileiros (claro, é mais barato para a Globo ter uma equipe italiana). 

Minha mãe contou para ela que eu disse que iríamos encontrá-la e ela disse que nos próximos dias será muito fácil encontrar ela lá. Nessas situações eu fico com um pouco com vergonha, nem tirei foto com ela, me faço de chique, só converso e nem peço para tirar foto.

Depois seguimos o nosso caminho e fomos até o Castelo de Sant'Angelo, lugar muito lindo, com a melhor vista de Roma (acho que já disse isso antes, mas realmente as vistas são espetaculares).

Foi uma ótima tarde e para terminá-la, segui com "una buona fortuna". Dias atrás tinha passado por uma loja bem perto do Vaticano com um casaco lindo na frente, com preço bom, que era vermelho. Pensei que queria muito um, mas que queria azul, porque vermelho iria me enjoar. A tardinha passei na loja e não é que lá dentro existia um igual, azul e que quando perguntei qual era o tamanho a vendedora me respondeu, exatamente o teu. Achei que era papo de vendedora e não é que era exatamente o meu tamanho. Voltei para o apartamento feliz, estou agora escrevendo muito rapidamente, pois tenho que me sair, hoje é o aniversário do meu querido pai e sairemos daqui há pouco para jantar num tradicional restaurante italiano que fica aqui pertinho para comemorarmos. 

Amanhã, já que somos brasileiros, tem festa no ap, mais aula e mais passeios, mando notícias assim que tiver mais um tempinho. 

O blá blá blá em Roma

Essa é a capa do jornal de hoje aqui em Roma. Dizem que já era previsível a renúncia do Papa, mas não sei o porquê dessa desta colocação. Na escola o primeiro assunto foi esse e foi muito interessante. A minha professora é ótima e explica muito bem, além de ser muito simpática. Ela nos deu mais informações. Os políticos estão indignadas com o Papa, mas muito mesmo, pois dias 25 e 26 de fevereiro ocorrerá eleição deles e os jornais desde a nova notícia não estão mostrando nada sobre a campanha. Na verdade eu nem sabia que a eleição estava tão próxima, pois não há nada nas ruas que demostre isso, ainda bem que não é nenhum pouco parecido com a função da campanha no Brasil. Apesar da campanha ser um pouco diferente, de resto, pelo o que entendi é igualzinho.  

Notícias de Roma

Bom, hoje eu nem precisaria mandar notícias de Roma, pois elas estão em toda a parte. Hoje pela manhã na escola quando começaram os rumores de que o Papa havia renunciado, teve gente que falou que devia ser fofoca, boato, mas não é que é verdade! Eu ainda pensei, será que isso vai acontecer justo quando estamos aqui? 

Na sexta-feira passeamos pelo Vaticano calmamente, subimos a tal escada e nem imaginávamos que naquele momento algo histórico poderia estar acontecendo sob os nossos pés. Nos lá olhando o lindo jardim do Vaticano enquanto dentro, na parte privada, deveria estar "fervendo". 

Pena que dia 28 estaremos em outra cidade da Itália e não em Roma, porque se estivéssemos certo que eu iria a Piazza São Pietro para participar do momento histórico. 

Amanhã se der vou dar uma passada lá para ver como está o clima no Vaticano. 

Essa foto não foi tirada por mim ela foi publicada num jornal daqui. Desde a tardinha cai uma chuvarada em Roma com muitos raios e essa foto mostra um raio sobre a cúpula da Basílica de São Pedro.  

"Il fulmine a San Pietro - Un fulmine colpisce la cupola di San Pietro durante un temporale proprio nel giorno dell'annuncio delle dimissioni di Benedetto XVI, l'11 febbraio 2013" 

Viagens de trem

Dentre as modernidades europeias os trens e metrôs são as minhas preferidas. 

De fácil utilização, elas permitem com que o deslocamento dentro da cidade e entre elas seja muito rápido e eficaz.  Há três quadras do nosso apartamento existe uma estação, e pegamos todos os dias o metrô para irmos a escola. 

Nesse final de semana viajamos no sábado para Florença e no domingo para Viterbo. 

Florença fica a  231km de Roma e para ir até lá pegamos um trem rápido. O preço dele não é muito bom, mas a comodidade e rapidez fazem o investimento valer a pena, ele levou pouco mais de uma hora para fazer todo o trajeto. Imaginem ir de Pelotas a Porto Alegre em uma hora. Esse trem permitiria isso. Passamos o dia em Florença e a tardinha voltamos. Estava muito frio lá, mas ainda assim deu para aproveitar bem. 

No domingo não pegamos o trem rápido (há só para alguns lugares) e sim um comum. Esse sim barato, não muito rápido. Fomos a Viterno, uma cidade que tem uma parte murada e medieval ainda conservada. Ela fica a 107 km de Roma e levamos quase duas horas para chegar lá. Ainda sim deu para fazer um "bate e volta". 

Está ai algo que está faltando no Brasil, investimento em trens e metrôs, mais seguros e rápidos, com certeza trariam benefícios a população e ao país. Enquanto essas inovações não chegam por lá, fico aproveitando a oportunidade de me deslocar de uma forma eficaz e inteligente. 

A aventura de hoje!

Hoje fomos ao Vaticano, já tinha ido lá numa outra ocasião, mas mesmo assim a visita a Basília de São Pedro segue me encantando. O local é grandioso e belíssimo, a Pietat, as Colunas de Bernini, o piso e as inúmeras obras de arte em um mesmo lugar o deixam deslumbrante. 

Na outra vez que fui não tinha subido na cúpula e dessa vez resolvemos subir, já que sabíamos que havia um elevador, caso contrário não nos atreveríamos.  

Ao chegar no elevador o simples cartaz com os preços, sete euros pelo elevador e cinco pela escada, claro que pagamos os sete, ocorre que não foi como imaginávamos. 

Para chegar a cúpula são 551 degraus no total e após a subida no elevador ainda restam 320. Só que em nenhum lugar avisam isso. Ao sair do elevador olhamos a Basília no alto por dentro e tinha uma portinha que achei que dava para a vista maravilhosa de Roma, ao passar por ela uma escada, sobe, sobe, sobe, dobra, depois mais escada de carrocol, depois degraus totalmente inclinados, paredes estreitíssimas, depois mais escadas, e dessa forma subimos os 320 que faltavam e que não havia informação nenhuma sobre eles. Eles deveriam avisar pois a subida e longa e há lugares estreitíssimos. A trajetória foi árdua, mas recompensada por uma vista magnífica. O caminho era sem volta, ou seja, depois que se começava a ida tinha que subir até o fim o que dava um certo nervosismo. 

Eu, que ontem tinha ficado encantada com os guardas no Vitorio Emanuel cuidando para que as pessoas tirando fotos não dessem passos para trás e caíssem na escada (de tempos em tempos se ouvia um apito de atenção) fiquei impressionada com a falta de cuidado nesse lugar tão importante como a Cúpula da Basílica. Depois me lembrei que são países diferentes, apesar de tudo. 

Valeu a ida, mas se me convidarem para ir novamente agradecerei o convite e esperarei na Basílica, bem tranquila. E já aviso, quem não tem preparo físico, quem tem claustrofobia, problema cardíaco, quem é gordinho ou grande, é melhor não arriscar. 

Olhando nessa foto nem parece tão alta. Mas imaginem subir por uma escadinha fininha totalmente torta nessa parte arredondada? Até fiz uma marcação mostrando até onde exatamente a gente subiu. 

As colunas de Bernini, lindas!

 A vista lá de cima (pelo menos valeu a pena!)

Passeando mais um pouco